terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sozinho

Bem... aquele medo?! Está aqui, cada vez mais forte, e cada vez mais concretizado...

Tudo o que eu mais temia, hoje toma forma,

E me corrói de uma forma inexplicável, inimaginável.

O medo de estar sozinho, no desamor...

Hoje, não é nada a mais do que a realidade,

Amarga realidade,

Que tem regido minha vida.

O medo de ficar sozinho,

Sempre me afastou das pessoas,

Isolou-me em meu mundo, onde só o amor é que há.

E por amar tanto,

Por me apaixonar, às vezes por uma voz,

Por um sorriso,

Um olhar,

É que me perdi em meio ao medo de ficar só.

Por pensar que ser profundo,

Num mundo superficial,

Seria pra mim mais doloroso.

Tão doloroso quanto amar em silêncio,

Tão doloroso quanto amar e não ser correspondido...

Que é exatamente o que acontece.

Tão doloroso...

E às vezes me pergunto:

“Que será de mim? De todo esse amor, esse sentimento?”

E a resposta, bem...

A resposta nunca chega,

E quando surge, é sempre turva, nunca me esclarece as dúvidas do coração.

Aprendi, na marra, com tudo isso, que não devo fazer o mundo da pessoa amada meu mundo...

Corro o risco, enorme por sinal, de me machucar muito mais,

E não conseguir nunca mais me desligar,

E não conseguir nunca mais amar outra pessoa.

Esse medo de ficar sozinho,

Faz-me olhar a lua,

Que mesmo só,

Ilumina as noites mais sombrias...

Devo a esse medo a capacidade de olhar ao sol,

E ver que ele mesmo sozinho,

Faz todos os dias um grandioso espetáculo,

Iluminando a todos...

Esses astros de tamanha imensidão,

Que nada nos pedem,

E a ninguém possuem para lhes fazer companhia,

São eles que me dão força pra suportar a solidão,

Cada vez mais presente em meus dias.

E o medo?!

Ele continua, cada vez mais forte...

E eu vivo, amando, sofrendo, chorando...

Sozinho.

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