quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A grande lição

A grande lição é saber esperar, e fazer de cada dia, mais um dia de novas experiências, fazer de cada dia, um dia mais feliz, fazer da vida, um acontecimento simplesmente espetacular. A grande lição é viver no esplendor do amor, é ser feliz, e encontrar a felicidade em cada gesto, por mais simples que se apresente, um sorriso pode mudar nossas vidas em questão de segundos, só depende de nós, e ninguém mais.

É o abraço amigo, que conforta o coração partido, é um beijo terno, que une os namorados numa noite de luar. A grande lição é a beleza de um botão de flor se abrindo, a cada manhã, a cada primavera. É ver um beija-flor batendo suas delicadas asinhas, é ouvir o canto dos pássaros nas manhãs orvalhadas, e cobertas pelo sereno da madrugada.

Saber fazer tudo isso, meu amigo, por mais que pareça difícil, não é, lhe afirmo isto com veemência, pois sei, que sim, é possível... e muito mais fácil do que abrir os olhos, é tão fácil quanto sorrir. A nossa grande lição é fazer a vida valer a pena em cada coisa pequenina cheia de importância, que por vezes estamos ocupados demais para reparar. É fazer da vida um soneto, e dançar a esse som todos os dias, da forma mais galante e elegante que possa existir no mundo.

A nossa grande lição, é o segredo da felicidade, é o segredo do amor. É estarmos vivos, prontos e abertos para quaisquer aventuras, para quaisquer contratempos que possamos vir a ter na longa jornada, é sentirmo-nos felizes com aquilo que temos nas mãos, é o dom de valorizar cada minuto, cada ínfimo segundo... a grande lição da vida, é fazer desta uma escola, é cair e se levantar, é aprender com os erros dos outros, porém, aprender também com os nossos.

Os anos passam, a vida muda, e muito, e o que fica são os momentos, as lembranças, os amigos. O que fica, na verdade, é tudo aquilo que vivemos, que deixamos pra trás, às vezes sem querer, é aquilo que ainda viveremos, enfim, é tudo, é a vida. Cheia de suas surpresas, de seus altos e baixos, de toda a sua malícia, que por muitas vezes nos faz perder o fôlego, e até mesmo a vontade de viver.

O que fica é a nossa grande lição, tudo o que aprendemos durante a nossa estada nesse deserto de almas, onde sem esperar, mais cedo ou mais tarde, damos de cara com aquela que nos completa. Nossa grande lição é amar, é ter felicidade, e não se esforçar por isso, pois tudo o que é de nosso direito, às mãos nos há de vir, mesmo que demore, mesmo que nossa caminhada pareça longa e cansativa, mesmo que pensemos em desistir, temos que bradar: Não! Não é a desistência que vai nos levar adiante, e sim a nossa grande lição, de não pararmos nunca, mesmo que se arme a maior das tempestades à nossa frente, mesmo que exércitos movam céus e terras para nos barrar, a grande lição é não parar e seguir em frente, com os pés doloridos, braços cansados, coração ferido, lágrimas queimando a face, é seguir em frente, de peito aberto, sempre!

Os anos passam, e mais um está chegando, e logo vai passar. Novos amores, novas dores. Novos sorrisos, novas lágrimas. Tudo novo, de novo. E a grande lição disso tudo? É que o tempo não para, por mais que estejamos calejados da jornada, ele não para. Ele tem esse ciclo incansável, para nos ensinar apenas que devemos amar sem medida, que devemos sonhar, que devemos, sempre, seguir em frente, por mais que tudo nos abale. Serve para que saibamos que tudo tem um sentido, que tudo acontece por um por quê. Ele não para enquanto não somos capazes de amar verdadeiramente, e continua, até o dia em que finalmente encontrarmos a real felicidade.

O tempo vai continuar, e a nós só resta caminhar, continuar a jornada... resta-nos seguir à risca a lição de sermos felizes, de nos amarmos, e acreditar que tudo acontece por um motivo, um motivo inquestionável.

Sorri-se hoje, amanhã não sei. Se hoje choro, amanhã com certeza sorrirei. Não há bem que seja eterno, nem mal que sempre dure. Felizmente, o bem prevalece, e cabe a nós decidirmos de que maneira isso acontece.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Pedido

Não, eu não pedi pra ser sozinho, muito pelo contrário, só queria alguém que me fizesse feliz, e sentisse por mim todo o amor que eu poderia sentir. Pedi um dia um abraço, um sorriso, um afago, um colo... pedi um dia, apenas um ombro. Pedi, um dia, apenas ser feliz, e isso me foi negado.

Eu pedi um dia, acordar pela manhã e ver o amor sorrindo a mim. Pedi que tudo fosse melhor e mais bonito, que tudo desse certo, ao menos uma vez. Um dia, eu pedi que todos soubessem amar, e que todos soubessem corresponder aos meus sentimentos, e mais uma vez... esse pedido me foi negado.

Um dia eu pedi que o ódio que eu sentia deixasse de existir, não queria ver todo o amor se transformando, como sempre acontecia. Um dia eu pedi que minhas lágrimas servissem para algo mais do que lembrar que meu coração está ferido e doendo. Um dia... um dia eu pedi pra ver as estrelas, e encontrar em seu brilho toda a força que preciso para vencer a solidão... e, adivinhem... esse pedido me foi negado, outra vez.

Certa vez me cansei, pedi, novamente pedi, implorei pra que tudo mudasse, e que se não fosse possível, que pelo menos minha vida se terminasse naquele exato momento, que meus sonhos fossem jogados abismo abaixo, que todo o amor (não-correspondido) que eu sentia se perdesse, e pedi que definitivamente, nunca mais tivesse a capacidade de amar tão profundamente como sempre fiz. Pedi pra que tudo tivesse um fim, por mais que um fim doloroso, mas que tivesse ali o seu ponto final, e quanto à dor? Estou tão acostumado, não é mesmo?! Nem iria sentir nada.

Pedi pra que minha vida fosse apagada, pedi, pedi, pedi... implorei... chorei. Perdi a vontade de viver, de ser feliz, desisti de tudo, enfim, morri, continuei apenas de corpo presente neste mundo. Foi justamente agora, que meu pedido foi atendido, infelizmente, quando pedi pra que minha vida acabar. Acabou. Acabou, quando pedi pra deixar de amar, quando pedi pra que meus sonhos se perdessem, enfim, quando pedi que todo o amor (não-correspondido) se perdesse. Morri, porque deixei de acreditar no amor. Morri, porque deixei de amar.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sozinho

Bem... aquele medo?! Está aqui, cada vez mais forte, e cada vez mais concretizado...

Tudo o que eu mais temia, hoje toma forma,

E me corrói de uma forma inexplicável, inimaginável.

O medo de estar sozinho, no desamor...

Hoje, não é nada a mais do que a realidade,

Amarga realidade,

Que tem regido minha vida.

O medo de ficar sozinho,

Sempre me afastou das pessoas,

Isolou-me em meu mundo, onde só o amor é que há.

E por amar tanto,

Por me apaixonar, às vezes por uma voz,

Por um sorriso,

Um olhar,

É que me perdi em meio ao medo de ficar só.

Por pensar que ser profundo,

Num mundo superficial,

Seria pra mim mais doloroso.

Tão doloroso quanto amar em silêncio,

Tão doloroso quanto amar e não ser correspondido...

Que é exatamente o que acontece.

Tão doloroso...

E às vezes me pergunto:

“Que será de mim? De todo esse amor, esse sentimento?”

E a resposta, bem...

A resposta nunca chega,

E quando surge, é sempre turva, nunca me esclarece as dúvidas do coração.

Aprendi, na marra, com tudo isso, que não devo fazer o mundo da pessoa amada meu mundo...

Corro o risco, enorme por sinal, de me machucar muito mais,

E não conseguir nunca mais me desligar,

E não conseguir nunca mais amar outra pessoa.

Esse medo de ficar sozinho,

Faz-me olhar a lua,

Que mesmo só,

Ilumina as noites mais sombrias...

Devo a esse medo a capacidade de olhar ao sol,

E ver que ele mesmo sozinho,

Faz todos os dias um grandioso espetáculo,

Iluminando a todos...

Esses astros de tamanha imensidão,

Que nada nos pedem,

E a ninguém possuem para lhes fazer companhia,

São eles que me dão força pra suportar a solidão,

Cada vez mais presente em meus dias.

E o medo?!

Ele continua, cada vez mais forte...

E eu vivo, amando, sofrendo, chorando...

Sozinho.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Saudade

Saudade, meu bem, saudade, é aquilo que transborda dos olhos quando a gente espreme o coração.

Saudade, é aquilo que dói, e muito, quando a gente vê aquela pessoa especial, e por um lapso começa a lembrar todos aqueles momentos que passamos juntos.

Saudade é aquilo que vem em forma de lágrimas e vem do mais profundo dos nossos sentimentos, e arrebata tudo o que vê pela frente.

Saudade, meu amor, é aquilo que sinto de ti, cada vez que te vejo, cada vez que falo contigo.

Saudade, meu amor, é aquilo que me dói, e me faz lembrar que não te tenho, e nem poderei tê-la.

Saudade é a minha vida, a minha essência, minha dor, saudade, é a minha perdição.