quinta-feira, 28 de julho de 2011

25 minutos



Estou perdido em devaneios tolos, e entregue a vãs filosofias que eu mesmo criei, uma paixão, e uma guerra entre minha razão e meu coração. Por favor, não me siga, agora eu também estou perdido, não sei pra onde vou, nem como vou me comportar nessa caminhada sem rumo em que se converteu tudo aquilo que, um dia, chamei de vida.

Dos meus 28 minutos de banho, 3 eu uso pra me ensaboar e enxaguar, os outros 25 são pra água poder escorrer pela minha pele e lavar o sal que as lágrimas deixaram na minha alma. São 25 minutos nos quais eu me reconforto por ter perdido aqueles amores jurados pra sempre, que deixei pra trás no tempo de um piscar de olhos. 25 minutos de reflexão sobre meu atual abandono e sobre esse vazio.

Vazio, vazio, vazio, já ando cheio de ser vazio. Lembro de quando meu coração ardia de amor, e quando a saudade me flagelava, ou até mesmo quando o ódio se fazia presente em alguns momentos da vida. Hoje é indiferença a tudo, e a todos principalmente. A única coisa que “sinto”, hoje, é nostalgia. Nostalgia de quando meus 25 minutos eram usados para planejar meu futuro ao lado da garota que eu amava.

Valorizo meus 25 minutos como nada no mundo. É meu momento a sós comigo, minha hora de traçar os caminhos que vou seguir nos 25 minutos seguintes. Definir como vou lidar com tantos desencontros, ou encontros, e como vou fazer pra recuperar o tempo, caso venha a perdê-lo novamente.

Em 25 minutos posso ter uma vida inteira passando diante dos meus olhos. Em 25 minutos posso me destruir, e destruir qualquer coisa que estiver no meu caminho, porém, não é isso que vou fazer, pois estou aqui pra reconstruir, ou ao menos tentar recuperar, tudo aquilo que perdi quando a sensação de vazio tomou conta de mim. 25 minutos eu tenho pra planejar, recomeçar, realizar. 25 minutos, nada mais.

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