sexta-feira, 29 de julho de 2011

Desistir ou parar de sofrer?




A questão, muitas vezes, não é desistir, mas sim não ter mais condições de sofrer. Afinal, aprendi da pior maneira aquilo que Shakespeare ensinou: “não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido, o mundo não pára pra você consertar”, senti na pele todo o movimento do mundo enquanto eu, ajoelhado chorando, tentava reunir novamente os inúmeros pedaços em que se partira meu coração.

Senti na pele tanta indiferença e rejeição por parte daquelas pessoas que amei, mas aprendi que não posso acorrentá-las a mim, por mais que eu queria, elas não são minhas, e não seriam felizes ao meu lado. É difícil, admito, ficar parado olhando aquele ser que tanto amei indo embora, sabendo que é pra nunca mais voltar, mas eu fecho os olhos, e com força, as guardo no mais fundo do meu coração, de onde ninguém jamais vai conseguir tirá-las.

Idas e vindas fazem parte da vida, sorrisos e lágrimas também. Nada no mundo é como a gente quer. Tento fazer da minha tristeza uma poesia, nada no mundo é mais belo do que sorrir com o coração chorando, é mostrar que a caminhada tem chance de valer a pena, e vai ser mais longa enquanto eu tiver um sorriso no rosto. O que é meu, às mãos me há de vir, não sei se por meio do destino, ou de qualquer outra coisa, mas é a ordem natural das coisas, tudo acontece no momento certo, com as pessoas certas.

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