Talvez, nesses últimos dias, eu
tenha chegado de vez ao ápice da minha loucura. Sou obrigado a admitir que
tenho acreditado em contos de fadas, e histórias de príncipes e princesas, e,
te juro, eu me imaginei em cima de um cavalo branco, te salvando da torre de um
castelo. Pensei, por uns instantes, que estava voltando a ser adolescente, mas,
não, estou voltando à infância mesmo, ao primeiro resquício de sentimento, à
primeira paixãozinha, tão inocente, mas ao mesmo tempo tão doce e verdadeira.
Não posso denominar loucura
àquelas coisas que resgataram as tão perdidas frases de amor que eu pensei em
dizer a alguém, um dia. Seria loucura, de fato, chamar de devaneio o simples
desejo de estar entre teus braços, e te deixar permanecer nos meus abraços até
que a luz do sol nos envolva, numa manhã fria de inverno que tenha por único
ponto de calor o encontro dos nossos corações.
Correndo o risco de parecer um
tolo, eu vim aqui, confessar o que sinto por ti, pois aprendi com as
chegadas e partidas da vida que não tenho todo o tempo do mundo pra demonstrar
meus sentimentos. E desse meu jeito
meio enrolado, e tentando ser engraçado, eu quero te dizer, guria, que você é
mais do que eu esperava encontrar nesse momento, quando tudo parecia não fazer
lá muito sentido. Porque eu quero manter no olhar o brilho, dos olhos de um
menininho que contempla sua primeira namoradinha, que recobrei no momento que
te conheci, meu anjo.
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