terça-feira, 17 de julho de 2012

Anjo


                Talvez, nesses últimos dias, eu tenha chegado de vez ao ápice da minha loucura. Sou obrigado a admitir que tenho acreditado em contos de fadas, e histórias de príncipes e princesas, e, te juro, eu me imaginei em cima de um cavalo branco, te salvando da torre de um castelo. Pensei, por uns instantes, que estava voltando a ser adolescente, mas, não, estou voltando à infância mesmo, ao primeiro resquício de sentimento, à primeira paixãozinha, tão inocente, mas ao mesmo tempo tão doce e verdadeira.
                Não posso denominar loucura àquelas coisas que resgataram as tão perdidas frases de amor que eu pensei em dizer a alguém, um dia. Seria loucura, de fato, chamar de devaneio o simples desejo de estar entre teus braços, e te deixar permanecer nos meus abraços até que a luz do sol nos envolva, numa manhã fria de inverno que tenha por único ponto de calor o encontro dos nossos corações.
                Correndo o risco de parecer um tolo, eu vim aqui, confessar o que sinto por ti, pois aprendi com as chegadas e partidas da vida que não tenho todo o tempo do mundo pra demonstrar meus sentimentos. E desse meu jeito meio enrolado, e tentando ser engraçado, eu quero te dizer, guria, que você é mais do que eu esperava encontrar nesse momento, quando tudo parecia não fazer lá muito sentido. Porque eu quero manter no olhar o brilho, dos olhos de um menininho que contempla sua primeira namoradinha, que recobrei no momento que te conheci, meu anjo.

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