terça-feira, 20 de março de 2012

Morada


Eu moro na rua da saudade, que faz esquina com a rua da espera. Longas horas, dias intermináveis e noites que nunca acabam, esperando pra te ver chegar sorrindo e cheia de abraços ternos, com aquele carinho e aquela segurança que só nos teus braços eu encontro.
Nesse meu endereço, tudo parece tão solitário, um retrato de mim, sem ti. Mas nem tudo está perdido, pequena, pois a dois quarteirões fica a rua da felicidade, onde vamos morar. Minha morada na saudade é temporária, e a nossa casa na felicidade será, devéras, pra sempre.
Enquanto te espero, fico em casa, vendo a chuva molhar a saudade, fico ali, quietinho, clamando por tua presença, esperando ansioso pela tua chegada, que tanto bem me faz. Esperando por teus abraços, e teu sorriso doce, teu toque macio, teu falar suave, tudo aquilo que, em um lapso de momento, me faz sentir um morador da felicidade.
Enquanto te espero, agradeço ao destino pela certeza da tua chegada, peço a ele que não te desprenda de mim, e a chuva continua, molhando a saudade e, agora, também os meus olhos, que tanto queriam te ver sorrindo, um quê de tristeza, mas certamente é muito mais felicidade, pois sei que a longa espera vai, de verdade, valer a pena.

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