quarta-feira, 11 de maio de 2011

Solidão

Bem, cá estou eu, novamente, para confessar mais um grande pecado: de novo me apaixonei perdidamente por um olhar. Não é um amor impossível, não. Nada me impede de me declarar, senão o medo de me machucar. É tamanho o sonho, bobo, que tenho de um fia encontrar um amor descomplicado, desimpedido, porém, eu me pergunto: sê-lo-ia tão forte se fosse fácil e descomplicado? E acabo por perceber que não. O que me faz soluçar numa paixonite é o tamanho da dificuldade que a ela vem atrelada.
            Triste sorte essa de amar e não ser amado, ou pior, amar e ser amado sem poder viver isto. Andar por aí sem rumo é a minha sina, viver só, de amor em amor é meu destino, será? O que me vai fazer viver de verdade? Esses sentimentos-relâmpagos, ou um amor que dure a vida toda? De tantas dúvidas que a vida me traz, com certeza esta é a única que veio sem resposta. E o que resta ao pobre coração? Andar, andar, andar...? E rolar por aí se acorrentando a amores eternos que duram algumas semanas apenas?
            Mala fortuna d’um coração abatido pela dor. Nada é mais triste do que caminhar só à madrugada fria, quando nem mesmo a lua se faz companhia, quando o coração pulsa vontade de ter alguém quando o amor corre nas veias e se torna inútil à alma de um ser que, aos poucos, definha chorando a solidão que se fará, fielmente, amiga até o final da jornada.

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