sábado, 3 de julho de 2010

Inércia

Sempre que uma porta se fecha uma outra se abre, simultâneamente, para nos mostrar a felicidade. É realmente lamentável o fato de a gente não querer ver o que está por trás desta outra porta, porque ficamos demasiadamente presos ao que estava do outro lado daquela que se fechou.
Num deserto de almas, nos fechamos dentro de nós mesmos, ignorando tudo o que poderíamos realizar, e não o fazemos por medo, por pura decadência de vontade, por sermos acomodados à essa realidade cíclica que nos escraviza. E aquelas portas que guardam a felicidade reservada para nós, deixamos pra trás, sem oscilar, num caminho sem volta, dotado de incertezas, e dissabores.
Às vezes eu fico me perguntando, o que me faz ser assim, assim, desse jeito, medroso, sim, é essa a palavra, medroso. Por que tenho medo do melhor? Por que eu sempre vacilo quando devo seguir em frente? Por que não quero ser feliz, e adentrar àquela porta que se abre e me mostra um caminho colorido, cheio de alegria e vida?
Não sei! Não sabemos!
Por que motivo vivemos nesse deserto? Sem esperanças, sem vida. O que faz de nós esses seres despresíveis, que não têm a capacidade de amar e serem amados? O que faz de nós incapazes de sermos felizes? Não sei! Não sabemos!

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